Idoso é solto e família pedirá indenização na Justiça
Aposentado foi preso no lugar de outro homem com o nome igual ao dele. Ele passou três dias no Cotel
Publicado em 02/03/2013, às 18h25
Do JC Online
Divulgação
Três dias depois de ser preso no lugar de outro homem com o nome igual ao dele por um homicídio ocorrido em Abreu e Lima, em 1989, o funcionário público estadual aposentado e pastor evangélico José Manoel Bernardo, 79 anos, foi solto às 22h desta sexta-feira (1º) e está de volta à sua casa, em Camaragibe, Zona Oeste do Recife, onde foi preso na terça-feira (26) e encaminhado ao Centro de Observação e Triagem Professor Everaldo Luna (Cotel). Com câncer de próstata em estado avançado, pressão alta e dificuldades motoras, inclusive de fala, o idoso passou esse período dormindo no chão, sem os remédios que toma diariamente e chegou debilitado e com um olho inflamado, segundo informações da família, que vai entrar com pedido de indenização ao Estado. Apesar de solto, Manoel ainda corre o risco de ir a júri popular.
“O erro foi muito grave, vamos pedir reparação na esperança de que isso não se repita com outras famílias. Meu tio serviu mais de 30 anos ao Estado e é essa a recompensa que ele tem? Os agentes públicos precisam ter mais cuidado com os cidadãos”, protestou o servidor da UPE Ivaldo Gomes. “Apresentamos toda a documentação dele e da mãe dele comprovando as diferenças de informações entre ele e o acusado, houve burocracia, mas o juiz se sensibilizou. E a imprensa ajudou muito a corrigir esse erro, só temos a agradecer”.
O advogado de Manoel, João Batista, explicou que vai entrar com recurso na próxima terça-feira (5), para tentar impedir que ele vá a júri popular, uma vez que já houve sentença de pronúncia para o homônimo (quando ainda não ocorreu o julgamento, mas o juiz vê indícios da culpa). Ele também explicou que, mesmo se fosse o verdadeiro acusado, o pastor já teria prescrição de pena, por conta da idade. “A partir dos 65 anos, o prazo de prescrição se reduz pela metade”, observou.
“O erro foi muito grave, vamos pedir reparação na esperança de que isso não se repita com outras famílias. Meu tio serviu mais de 30 anos ao Estado e é essa a recompensa que ele tem? Os agentes públicos precisam ter mais cuidado com os cidadãos”, protestou o servidor da UPE Ivaldo Gomes. “Apresentamos toda a documentação dele e da mãe dele comprovando as diferenças de informações entre ele e o acusado, houve burocracia, mas o juiz se sensibilizou. E a imprensa ajudou muito a corrigir esse erro, só temos a agradecer”.
O advogado de Manoel, João Batista, explicou que vai entrar com recurso na próxima terça-feira (5), para tentar impedir que ele vá a júri popular, uma vez que já houve sentença de pronúncia para o homônimo (quando ainda não ocorreu o julgamento, mas o juiz vê indícios da culpa). Ele também explicou que, mesmo se fosse o verdadeiro acusado, o pastor já teria prescrição de pena, por conta da idade. “A partir dos 65 anos, o prazo de prescrição se reduz pela metade”, observou.
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